segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O miasma e a morte, uma questão micro e macrocósmica

O ciclo brutal da natureza que pulsa incessantemente como um coração atacado é o da alimentação e reprodução, é para isso que vivem os animais, os insetos, os cachorros, lobos, minhocas, vermes, fungos, bactérias, germes, vírus, micróbios e etc.
Os animais consomem vorazmente tudo que veem pela frente, afinal, não sabem se no dia de amanhã haverá escassez ou fartura.

No corpo humano há mais bactérias do que células do próprio corpo propriamente ditas, logo vê-se que o ciclo brutal natural, faz-se presente não apenas exteriormente, mas também literalmente internamente, dentro do corpo humano; os micróbios têm também uma natureza brutal (comer, reproduzir), bem como os animais de mais grande porte, porem aqueles, sobrevivem dentro destes, numa relação simbiótica; chegará o dia em que o corpo perecerá e não conseguirá mais controlar os micróbios internos, o que levara á uma proliferação incontida, e depois à insofismável morte.

Quando um ser vivo morre, dá-se inicio á um processo evolutivo, mas em outra escala, não numa escala individual, mas transcendental, em que não há mais o eu, há apenas o todo; o miasma é o vapor putrefato, por exemplo: se um cavalo morre, ele exalará miasma pelo ar.
O vapor putrefato, ou seja: a emanação mefítica, não advém apenas da morte, são infinitas as possibilidades para o miasma.

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Quando há a morte, há o fechamento de um círculo, sela-se um ciclo, e desse “fechar”, surge o miasma, o predecessor da morte: tudo se putrefaz e se emana numa outra forma, não numa forma física, palpável, mas em forma molecular gasosa.

Esse processo ocorre conosco e também dentro de nós.

Aprender a não existir

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