quarta-feira, 27 de julho de 2016

A fábrica de doentes (o deus instituído)

  Enquanto uns nascem e morrem na miséria e desgraça, outros perduram e se encerram no conforto e esbanjação, de um lado o gozo e do outro a angústia, diante de tal fato, como pode um ser dizer-se agradecido pela "vida média" que leva?
  Tal afirmante só poderia estar cego, ou contido em algum tipo de casulo, enfim, estaria de algum modo impedido - por si próprio ou influência externa - de enxergar ou observar o que está bem ao seu lado, vale dizer que, este infeliz, muito provavelmente fora institucionalizado por uma influência maior, em termos mais precisos: fora influenciado pela decadente influência das regras canônicas instituídas coercitivamente ao longo de sua vida pelo poder eclesiástico - arriscaria eu afirmar sub censura que tal "poder eclesiástico" seria um poder destituído de estruturação própria (algo próximo do Ministério Público Eleitoral, que não tem previsão constitucional) e emanado de forma obscura ou quiçá até ilegal do estado, um poder destinado a instituir modelos ou parâmetros morais, algo funcional e sistemático de modo a fazer-se repelir aquele ou aqueles que se oporem ao instituto - que nada mais é, do que um pregador da "moral ideal", que traz à tona idéias sobre misericórdia, fé em deus, e o pior, o conceito de que deus é bom e justo - que é o que faz com que alguns (a maioria) sintam-se agradecidos pelo que vivenciam, de modo a tapar a própria visão, tornando-os falsamente alheios á real injustiça e desgraça, subsidiando o próprio sistema que lhes impôs tal regime.
  Tudo isso, se voltarmos ao início da presente exegese, (que tem o simples intuito de expor um raciocínio básico) é fortemente ofuscado pelo instituto obscuro que é o controle massivo da fé, ou seja: a colossal mácula da humanidade que funciona como geradora de seres egocêntricos, distanciando a humanidade do real propósito.

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