sábado, 27 de setembro de 2014

Geometria metafísica

Obstinação inconsciente, o primeiro passo para adoção da doutrina cristianista.

I. Introdução

Não há como crer em Deus da maneira que a Bíblia nos fala, só o creem de tal maneira aqueles que para isso se banham(mergulham e conservam-se em algum líquido) de obstinação inconsciente.

II. Fator da influência da consciência na obstinação

A obstinação do animal irracional se distingue da obstinação do animal racional por apenas uma coisa, conhecida como consciência. Logo a obstinação do ser humano - visto que este é o único que detêm a consciência (que sabe que sabe) - há de ser consciente, "obstinação consciente".
A obstinação do animal irracional é inconsciente, ele age segundo impulsos e necessidades, o animal irracional come, bebe, se prolifera e até sente, mas não raciona.

III. Influência do Meio na consciência do indivíduo

A obstinação do homem em seus primores é límpida, concreta, é uma luz pungente, forte, guardada dentro de si mesmo apenas, porém, o homem, normalmente nasce em sociedade, ele nasce e desde então se vê inserido num meio.
O meio altera o ser, logo, o meio altera a consciência do ser consciente, então a obstinação de um homem poderá se tornar líquida, ou poderá continuar concreta (observe a obstinação como um cubo, no início, a partir do nascimento, a obstinação do homem encontra-se concreta, como um cubo, um cubo que emite luzes brilhantes, pungentes, mas que está guardada no fundo da mente, e só virá á tona com o aflorar e evoluir da consciência do indivíduo).

IV. Quando o "cubo" continua concreto

Com o passar da vivência do indivíduo em meio social, o cubo pode apenas perder seu brilho e muito provavelmente o irá,  e pode também em casos excepcionais tornar-se negro, escuro como um buraco negro - estes porém não são os piores casos.

V. Quando o "cubo" passa para o estado líquido

Os piores e mais comuns casos são quando os cubos, que hora concretos, tornam-se líquidos (independentemente de terem perdido o brilho pungente ou não), no sentido literal da palavra: "corpo cujas moléculas, dotadas de extrema mobilidade, fazem-no tomar a forma do recipiente que o contém".
Quando isso ocorre, o indivíduo está inserido numa situação em que o meio oferecerá diversos recipientes para que seu cubo(agora dissolvido, líquido) escorra ou seja despejado.
A obstinação líquida tende sempre á escorrer para um recipiente, esse é o maior "pecado" da humanidade, é quando a obstinação do ser consciente se torna líquida, é quando a consciência se torna obsoleta para o subjetivo do ser. O que é viver, se não pensar?

VI. Conclusão

O cristianismo, e logo, a bíblia, direciona seu leitor  á uma fé fundada num conceito(no caso, aqui se encontra o "recipiente") obsoleto, que exige como requisito essencial, a obstinação inconsciente(que é quando o cubo concreto se torna líquido), o que por sua vez configura o verdadeiro desperdício da consciência, que não mais estará voltada para horizontes amplos, mas estará emoldurada pelo recipiente que a contém.

VII. Alusão metafísica e considerações finais á cerca do cubo.

Imagina-se o cubo como um simples cubo concreto, de material resistente e sólido, que permanece inerte sob uma base também sólida, à medida que o cubo se torna líquido, ele irá escorrer conforme as saliências da base que hora o sustentava, tal base foi nos dada gradualmente e lentamente, conforme o meio em que estivemos desde o dia em que nascemos.







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