De onde vem a luz, se não da escuridão? E vice-versa.
De onde vem a felicidade, se não da tristeza? E vice-versa.
Como deus há de ser bom? Como deus há de ser sinônimo de bondade, se não há bem que não venha do mal e ao mesmo tempo não há mal que não advenha do bem, tudo está interligado, e onde está deus nisso tudo? Deus está no meio, deus é o centro, deus é a plenitude, o equilíbrio de todas as coisas, imagináveis e inimagináveis, palpáveis ou não, corpóreas e incorpóreas, é bem aí que se encontra deus, deus é medianidade entre os pólos, é o liame dos extremos.
Onde não há equilíbrio não há nada, deus é simplesmente isso: a ligação sustentando todos os polos e planos, não há melhor maneira de observar deus se não deste modo. Desta maneira subentende-se algo ainda maior e transcendental: de onde vem o nada, se não do tudo? e vice-versa. É aí que se encontra deus, conectando e sendo o liame entre todo e qualquer fator.
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